domingo, 3 de julho de 2011

Pop


Música pop (abreviatura da palavra Popular) é um gênero musical que não apresenta um ritmo específico, mas um sistema de valores que envolve espetáculo no palco, moda visual e empatia entre o público juvenil. É um tipo de música que alcança um alto número de vendas e/ou execuções. A música pop tem como marca a apreciação por parte de todo tipo de público. Os artistas que se dedicam a compor canções no estilo pop têm como principal objetivo a sua audiência e o seu sucesso comercial, muitas vezes cantando em diversos gêneros musicais.

Alguns sucessos

[editar] Anos 1930 e 1940

Surgem estilos que influenciariam mais tarde o desenvolvimento do Pop, incluem o Blues (vindo de Chicago), e da Country Music (vinda do Tennessee), que se fundiram para criar o Rock and Roll.

[editar] Anos 1950

Os primeiros artístas da música Pop incluem Bing Crosby, Frank Sinatra, Dean Martin, Bobby Darin, e Peggy Lee, outros artístas como Bill Haley and his Comets, Fats Domino, Little Richard, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, Eddie Cochran, Gene Vincent, Carl Perkins e grupos Doo Wop (grupos vocais sem instrumentos, podem ser comparados às boy bands de atualmente. Eram bandas em que era usado somente a voz, sem instrumentos.) se tornam populares entre a geração mais jovem.

[editar] Anos 1960

Bob Dylan - Poeta, Ator, Escritor, Disc Jockey e Cantor de Folk, Rock, Blues e Country.
Músicos Pop de sucesso incluem os Beatles, Carole King, Neil Diamond, Burt Bacharach, Dion DiMucci, The Four Seasons, o Surf Rock e o Rock Instruemental de The Ventures e The Shadows, surgimento da Soul Music e do Funk, com artistas como James Brown, Ike & Tina, Aretha Franklin, Isley Brothers, Ray Charles, Stevie Wonder, The Temptations, The Marvelettes, The Four Tops, The Supremes, Marvin Gaye, Bob Dylan, Simon and Garfunkel, Roy Orbinson. Também a dupla Sonny & Cher, que durante o verão de 1965, gravaram e lançaram o álbum Look At Us. A música escolhida para divulgar o álbum, I Got You Babe, virou uma assustadora febre entre os adolescentes, alcançando o primeiro lugar nos charts americanos e britânicos e transformando a dupla em um dos ícones máximos da cultura hippie.

[editar] Anos 1970

A proliferação de novos sons vindos da disco, o piano-based pop de Billy Joel e Elton John, os estilismos country dos Eagles, e o rock influênciado pop de Rod Stewart, Steely Dan, Queen, David Bowie, Fleetwood Mac. ABBA e Bee Gees (graças ao sucesso do filme Os Embalos de Sábado à noite estrelado por John Travolta) e os irmãos The Jacksons foram influentes na cena da música pop dos anos 1970. Na Europa as pistas de dança ferviam com a chegada do europop; já na américa, "Grease - Nos Tempos da Brilhantina, estrelado por John Travolta e Olivia Newton-John foi considerado o maior musical da história do cinema, em 1978 transformou John e Olivia em referências do movimento discoteque, o que permanece até os dias de hoje. Cher conquistou três lideranças na parada da Billboard, com os hits mundialmente conhecidos Gypsies, Tramps & Thieves, Half-Breed e Dark Lady. Durante esse período, Cher se firmou como um dos maiores ícones da cultura popular na América, atraindo uma nova geração de fãs devido ao forte apelo fashion contido em seus videoclipes e shows. O sucesso de Cher resultou no apelido de Goddess of Pop ("Deusa do Pop"), popularizado por Elton John durante a cerimônia do Globo de Ouro em 1974, quando ele lhe entregou o prêmio de "Melhor Atriz em Série de TV - Comédia ou Musical" por The Sonny & Cher Comedy Hour, proclamando-a "a verdadeira deusa da cultura pop americana" [1] Michael Jackson, dos Jackson 5 e depois The Jacksons lança seu primeiro álbum em carreira solo adulta Off The Wall (1979) que se torna um dos álbuns de black music mais vendido de todos os tempos.

[editar] Anos 1980

Michael Jackson - o "Rei do Pop".
Notáveis destaques para a música Pop nos anos 80 são o lançamento do sexto e sétimo álbuns de Michael Jackson: Thriller, que se tornou o álbum mais vendido de todos os tempos, conta com seus maiores sucessos como "Billie Jean" (com essa música que era realizado seu passo de dança mais famoso, o Moonwalk), "Beat It" e a canção "Thriller", que conta com o videoclipe mais revolucionário da história (anos depois a MTV nomeou-o como o Melhor Videoclipe da História). E em 1987, Michael lançou Bad, que por muitos anos foi o segundo álbum mais vendido da história. Atualmente ainda continua entre os mais vendidos. Tal álbum é o 1º a conseguir 5 músicas em 1º lugar na Billboard Hot 100. Destaques para canções como: "Bad", "The Way You Make Me Feel", "Man in the Mirror" e "Smooth Criminal". Foi para a divulgação desse último álbum que Jackson realizou a turnê mais lucrativa da década.

Seu primeiro álbum, She's So Unusual lhe trouxe notoriedade no mundo inteiro. She's So Unusual obteve 6 discos de platina apenas nos EUA por vendas de 6 milhões de cópias no país, certificados pela RIAA e 9 milhões no mundo.[2] Também entrou para a lista dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone[3] e está em exposição no Rock And Roll Hall of Fame.[4] Seu primeiro álbum fez com que Cyndi se transformasse na primeira mulher do mundo a ter cinco singles de um mesmo álbum na parada de sucessos da revista americana Billboard. Em 2009 recebeu o prêmio BMI Millionaire Award por sua canção "Time After Time" nos Estados Unidos. Esta canção, que foi a primeira de Cyndi a conquistar o primeiro lugar na Billboard Hot 100 em 1984 e foi certificada com platina nos EUA, pela RIAA.[2][5][6] Já sua canção Girls Just Want to Have Fun, que é um dos maiores hinos feministas de todos os tempos, conquistou 3 discos de ouro e 2 discos de platina, com vendas físicas superiores a 2 milhões de cópias, certificados pela RIAA nos EUA.[2] A canção se encontra na 120ª posição na lista feita pelo Rock And Roll Hall of Fame, das "500 Músicas que Moldaram o Rock and Roll",[7] e seu clipe é considerado pela MTV o 39ª "Melhor Videoclipe já Feito em Todos os Tempos".[8] Cyndi Conquistou diversos prêmios, entre os mais importantes, o Grammy de artista revelação de 1984 e, no mesmo ano, o MTV Video Music Awards de melhor videoclipe feminino.[9][10] Ao longo de sua carreira teve diversos hits, entre eles "True Colors", "All Through the Night", "I Drove All Night", "She Bop", "Change of Heart" e "Into The Nightlife". [[Ficheiro:Cyndi Lauper no 51º Grammy Awards.jpg Cyndi Lauper, cantora de pop e dance]]
Madonna - a "Rainha do Pop".
Surgimento da New Wave e uma das grandes sensações da época, Madonna; esta foi um dos maiores ícones da década, sendo então a inspiração de vários adolescentes e jovens. Dentre os maiores hits da época se destacam "Everybody", "holiday", "Like A Virgin" que acabou que por se tornando o maior hit de Madonna sendo uma das canções mais polemicas da historia do pop, "Material Girl", "Dress You Up", "Crazy For You", "True Blue", "La Isla Bonita", "Like A Prayer" entre outros.
Cher - a "Deusa do Pop".
Janet Jackson, deu início a sua carreira com 16 anos em 1982, com a supervisão de seu pai. Mas apenas em 1986, com o álbum Control, Janet triunfa com mais de 14 milhões de cópias mundialmente vendidas. Control é um disco concebido no senso de independência de Janet, com 5 de seus 7 singles do álbum no Top 5 do Hot 100 da Billboard. Em 1989 com o álbum Janet Jackson's Rhythm Nation 1814 Janet firma-se como uma grande vendedora de discos, com mais de 30 milhões de cópias vendidas. De tal álbum, a cantora lançou 8 singles, 7 deles alcançaram o 1º lugar da Billboard Hot 100.[11]
Em junho de 1989, Cher lançou o videoclipe de "If I Could Turn Back Time", onde aparece a bordo de um navio de guerra e simula movimentos sexuais para uma multidão de marinheiros, vestindo o icônico maiô em "V" assinado por Bob Mackie que deixava à mostra uma tatuagem de borboleta em suas nádegas.[12] O vídeo foi o primeiro da história a ser banido pela MTV, por conta do seu teor considerado "sexualmente explícito".[13] A censura gerou controvérsia por parte do público e protestos foram organizados em frente à sede da emissora.[14] Diante da incontrolável popularidade do videoclipe, o canal retomou sua decisão e passou a exibi-lo a partir das nove horas da noite. A canção foi incluída em seu vigésimo primeiro álbum de estúdio, Heart of Stone.[15] O The New York Times descreveu o álbum como um "marco" na "evolução do glam metal", e declarou que "no mundo do entretenimento, há Cher e então há todo o resto". Heart of Stone recebeu certificado de três vezes platina pela RIAA e vendeu onze milhões de cópias em todo o mundo, com três milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos.
Michael Jackson, considerado o "Artista da Década" e anos posteriores "Artista do Milênio", tornou-se "O Rei", Cher a "Deusa do Pop" e Madonna a "Rainha do Pop". Também notórias as presenças de Kylie Minogue, Pet Shop Boys, Prince, Janet Jackson, Duran Duran, A-Ha, Depeche Mode, New Order, The Police, Blondie , Tears For Fears, Paula Abdul, Whitney Houston, Phil Collins, Roxette, Culture Club , George Michael, Laura Pausini e Simply Red.

[editar] Anos 1990

Thalia - Cantora de Latin American Pop
Os Anos 1990 e o século XXI foram marcados pelo ressurgirmento das têndencias das boy bands (grupos compostos por 5 a 6 garotos vocalistas) e das girl groups (grupos musicais composto de 4 a 5 garotas vocalistas).
Do Reino Unido vieram boybands como Take That, Blue e Five, e enquanto a Austrália trazia Boys from Oz. E grupos irlandeses durante esse período incluem Boyzone e Westlife. Já as grupos femininos mais conhecidos foram Sugababes, All Saints, TLC e Destiny's Child. A mais famosa de todos os grupos foram as Spice Girls, que em três álbuns venderem mais de 55 milhões de álbuns.
Os EUA trouxe New Edition, New Kids on the Block seguido pelos Backstreet Boys, Hanson e 'N Sync e, na virada do milênio o cantor afro-americano: Brian McKnight e as pop princess: Britney Spears, e Christina Aguilera e as aspirantes Jessica Simpson e Mandy Moore.
Mariah Carey lança sua carreira e o mundo conhece seu maior sucesso, Hero. Depois da separação de seu marido,resolve colocar em seus álbuns parcerias com rappers que fizeram bastante sucesso como a canção Fantasy,fórmula seguida por cantoras atuais como Rihanna,Beyoncé,entre outras..
Madonna lança mais 8 álbuns, sendo 3 deles trilas-sonoras (With Honors, de 1994; Evita, de 1996 e Austin Powers: The Spy Who Shagged Me, de 1999 - todos eles tiveram singles lançados) e 2 coletâneas (The Immaculate Collection, de 1990 que é a coletânea mais vendida da história somando mais de 30 milhões de vendas e Something to Remember, de 1995). Erotica, de 1992, seu álbum mais polêmico, não vendeu muito bem em relaçao aos seus anteriores. Os outros 2 (Bedtime Stories, de 1994; Ray of Light, de 1998) tiveram ótimas vendas.
O cantor Michael Jackson, apesar de se envolver em muitas polêmicas nesta década, abre a década com o sucesso do álbum Bad, lançado ainda na década anterior, e lança mais três álbuns: Dangerous (o álbum masculino mais vendido nessa década), o álbum foi puxado pela música carro-chefe Black or White que detém o recorde de Maior Audiência em uma estreia de videoclipes. Depois de Black or White, outros sucessos também foram consagrados como Heal the World, Will You Be There (canção tema do filme Free Willy), Remember the Time, entre outras. HIStory: Past, Present and Future – Book I (o álbum duplo mais vendido da história e com a maior campanha publicitária da história), contem 2 CDs: No 1º uma seleção de seus maiores sucessos até então, e o disco 2 só há músicas inéditas, como They Don't Care About Us (uma das músicas de Michael mais populares no Brasil, já que seu videoclipe foi gravado em Salvador e no Rio de Janeiro), You Are Not Alone (1ª música a estrear em 1º lugar na Billboard), Earth Song (canção nº 1 na Europa), Scream, com parceria de sua irmã Janet Jackson (videoclipe mais caro da história), Childhood (canção tema do filme Free Willy 2) e notoridade para a última canção do álbum: Smile, sua música favorita. Blood On The Dance Floor (o álbum de remix mais vendido da história. Obviamente todos são muito bem-sucedidos e firmam ainda mais o título de Rei do Pop. Em 1999, Michael Jackson realizou também 2 shows beneficentes: Michael Jackson and Friends: What More Can I Give.
As Spice Girls e os Backstreet boys foram os grupos teens que mais atingiram o bons resultados e posições marcantes da história da Billboard nos anos 90.
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"Believe"
"Believe" é notada pelo uso de um efeito sonoro na voz, conhecido atualmente como "Efeito Cher".

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Após a morte de Sonny, Cher decide lançar Believe, um álbum voltado para a dance music e dedicado ao ex-marido e parceiro musical. Em um mês, o primeiro single do disco, Believe, alcançou a primeira posição nas rádios em 23 países ao mesmo tempo. A canção elevou a carreira de Cher a um nível inimaginável. O álbum seguiu a mesma tendência e vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo, recebendo certificado de 4x Platina nos Estados Unidos e em outros 19 países. Na Europa, Believe permaneceu na primeira posição por dezesste semanas consecutivas. Em março de 1999, "Believe" atingiu o número um em 23 países ao redor do mundo simultaneamente, tornando-se a canção mais tocada nas rádios de todos os tempos e o single mais vendido do ano.[16]

[editar] Anos 2000

Princesa do POP
A década de 2000 é marcada pela explosão de um dos maiores fenômenos da música pop até hoje, a cantora norte-americana Britney Spears, que se tornou a artista mais popular do século XXI. Britney vendeu 100 milhões de cópias de álbuns, 10 milhões de DVD’s e 90 milhões de singles pelo mundo, e foi quem mais vendeu discos na década. Tem 6 de seus sete álbuns estreiando em #1 na Billboard, foi a artista mais a nova a ganhar uma estrela na calçada da fama, e ocupou com apenas 20 anos o topo da mais renomada lista de poderosos do mundo da revista Forbes. É o ícone mais importante da cultura americana segundo a CNN e a artista mais popular da terra pela BBC, além de ser a melhor performer do mundo segundo o VH1. Britney fechou a década de 2010 como a artista feminina mais bem sucedida do mundo da música depois de Cher e Madonna, e foi considerada a artista da década pelo Popeater e a artista mais influente da década pelo VH1. Também foi o termo mais procurado da internet por 9 anos consecutivos segundo os sites de busca Google e Yahoo. Em 2001 Britney foi nomeada pela crítica especializada como a princesa do Pop. Baby One More Time vendeu incríveis 28 milhões de cópias em todo o mundo e é considerado um dos mais influentes álbuns da história pop, além de ser o álbum de estréia com maior vendagem de uma artista feminina no mundo. Blackout foi considerado o 5º melhor álbum pop de todos os tempos. Em 2009 saiu em turnê para promoção do álbum Circus. A The Circus Starring: Britney Spears foi a turnê mais rentável de 2009 e a quinta maior turnê feminina da história. Para comemorar seus 10 anos de carreira, Britney lançou a coletânea The Singles Collection, que traz seus maiores sucessos além de uma canção inédita como carro chefe: 3, que estreou em #1 na Billboard. Britney Spears move hoje sozinha 2% da economia americana e 5% da economia fonográfica mundial. Após se consagrar como a maior e melhor popstar da nova geração, inigualável entre seus contemporâneos, Spears lança seu primeiro álbum na nova década, Femme Fatale que estreiou novamente na 1ª posição da Billboard. O Primeiro Single, Hold It Against Me, lhe rendeu quase 20 recordes e o Segundo Single, titulado de Till The World Ends, ganhou um dos melhores videoclipes de sua carreira. Além disso, Britney também foi indicada ao maior prêmio que um artista pode receber, o de "Artista do Milênio", porém Spears recusou, dizendo estar muito ocupada com a turnê "Femme Fatale", no entanto o prêmio foi passado à Beyoncé. Mas Britney ainda apresentou-se duas vezes na Billboard 2011, uma delas estrelando junto à Rihanna, com o single "S&M Remix", sua outra aparição no palco do evento foi com a música "Till The World Ends" também em versão Remix, com parceria de Nicki Minaj.
Madonna lança 10 álbuns nessa década sendo todos os seus álbuns de inéditas bem sucedidos com exceção de American Life que foi censurado contendo em sua faixa álbum críticas ao "sonho americano" e a guerra do Iraque, seu clipe inicial foi banido onde mostrava várias cenas de terror em um desfile de moda do exército faz críticas também ao ex-presidente americano George W. Bush. Madonna faz mais records que a impata com um record de Elvis Presley e também mais um record com o single Celebration de sua coletânea do mesmo nome lançado em 2009 e entra mais uma vez para seu terceiro record das maiores turnês, sua maior turnê e última até então ganha o prêmio de melhor turnê do ano e é a maior turnê de um artista solo da história assim como a segunda maior turnê da história e em arrecadação a Sticky and Sweet Tour, batendo record pela terceira vez de maior turnê feminina, sendo os três primeiros lugares seu com turnês da mesma década. Além de vários outros títulos nessa década Madonna foi eleita a artista mais ouvida dessa década também e é considerada a maior artista do entretenimento.
Outro destaque foi Pink a qual nesta década lançou 5 álbuns, Can't Take Me Home (o 1° dela lançado em 2000), Missundaztood!, Try This, I'm Not Dead, e Funhouse.A cantora, ja recebeu 2 premios Grammy Awards, 3 do VMA entre muitos outros. Os maiores sucessos de Pink foram Threr You Go (seu primeiro single, que estourou no mundo todo), Get the Party Started , Don't Let Me Get Me, Trouble, Stupid Girls, Who Knew, U+Ur Hand, So What (o qual chegou ao topo de mais de 15 charts pelo mundo), Sober e Please Don't Leave Me.O sucesso da Superstar continuou pela próxima década.
Christina Aguilera, quando lançou sua carreira, em 1999 foi criticada, como sendo aspirante de Britney Spears, já que o estilo de seu primeiro álbum lembra bastante o de Spears. Seu primeiro álbum emplacou 4 hits Top 5 na parada musical mais importante,a Billboard Hot 100. Em 2001, faz um cover de um clássico dos anos 1970 “Lady Marmalade”. Em 2002, Christina lança um álbum, Stripped, muito criticado no começo por sua incrível habilidade vocal ter sido ofuscada por sua imagem um pouco exagerada sexualmente criada no primeiro single deste álbum, Dirrty, mas logo foi eleito um dos melhores álbuns Pop da década, sendo assim Christina deu a volta por cima, estourando com os sucessos Beautiful e Fighter. Em 2006, muda novamente seu estilo com Back to basics, que desta vez puxa para o pop dos anos 1920, 30 e 40, que também foi muito bem recebido e vendeu cerca de 6 milhoes. Back To Basics foi aclamado pela crítica e elevou o nível de Christina. O álbum estreou em 1º em 15 países e nos Estados Unidos e no Reino Unido. Na cerimônia do Grammy de 2007, Aguilera fatura um prêmio Grammy na categoria Melhor Desempenho por “Ain't No Other Man”. A Back to Basiscs Tour foi a turnê feminina mais bem sucedida em 2007, arrecadando 93 milhões de dólares com alguns show cancelados. Em 2008, Aguilera tve seu primeiro filho, Max Liron, fruto do casamento com Jordan Bratman. Nesse mesmo ano, lança sua primeira coletânea, Keeps Getting Better: A Decade of Hits e alcançou a 9ª posição na Billboard 200 e o primeiro single Keeps Gettin' Better alcançou a 7ª posição na Billboard Hot 100.
Em 2002 a dupla Sandy & Junior já com 12 anos de carreira lançam seu primeiro álbum internacional gravado em inglês, com mais de 17 milhões de discos vendidos e depois de 17 anos de carreira, em 2007 a dupla se separa. A cantora Sandy segue em carreira solo lançando seu álbum de estreia em 2010 intitulado Manuscrito, a cantora recebeu disco de ouro em apenas duas semanas de lançamento do seu cd.
A banda russa t.A.T.u. composta por duas garotas: Lena Katina e Yulia Volkova, entra para mídia internacional lançando um clipe intitulado All the Things She Said. No videoclipe elas usam uniformes colegiais cantando na chuva e na neve. As duas acabam se beijando atrás de uma vedação com um público do lado de fora as observando. É suposto passar a ideia de que o público está observando duas lésbicas se beijando em uma espécie de jaula. O vídeo acaba com as duas garotas indo para trás do edifício com a chuva parando à medida que elas se afastam, revelando que na verdade os observadores, o povo que estava vendo as garotas são os verdadeiros prisioneiros, prisioneiros da ignorância. O Clipe fez muito sucesso e causou muita polêmica na época. Tempos depois as meninas revelaram que não passava de uma jogada de marketing e que nenhuma das duas são lésbicas de verdade.
Cher em 2002 deu início a Living Proof: The Farewell Tour, um verdadeiro espetáculo onde, aos 56 anos de idade, fez uma grande retrospectiva de sua carreira, desde o clássico dos anos 60 I Got You Babe até os megahits Believe e Song for the Lonely. Os shows foram abertos pelas cantoras Carrie Underwood e Cyndi Lauper, e contaram com a participação dos dançarinos do Cirque du Soleil. A turnê ganhou um especial exibido pela NBC, que atraiu um público recorde de mais de 20 milhões de telespectadores e gerou o DVD The Farewell Tour, um incrível sucesso de crítica e vendas ganhador do Emmy Awards. Em 2008, após três anos de reclusão da mídia, Cher, aos 61 anos de idade, anunciou um contrato com o Caesar’s Palace para se apresentar durante dois anos no teatro Colosseum, em Las Vegas, fazendo dela a cantora mais rica do planeta, com uma fortuna pessoal avaliada em um US$ 1 bilhão de dólares. Cher deu início a maratona de shows no dia 6 de maio de 2008. No final do ano, foi reconhecida como o investimento mais lucrativo da história do Colosseum.
Em 2004 surgiu o fenômeno juvenil, o grupo mexicano 'RBD', que era composto pelos artistas mexicanos Anahí, Alfonso Herrera, Dulce María, Christopher Uckermann, Maite Perroni e Christian Chávez. Após o extremo sucesso dos álbuns Rebelde e Nuestro Amor, a banda alcançou um reconhecimento mundialmente em 42 países, incluindo (Brasil, Inglaterra e Japão). O grupo mexicano conseguiu uma legião de fãs e diversos prêmios, foram 180 prêmios internacionais em apenas 4 anos de carreira e hoje o RBD é a banda mais premiada do planeta com um récorde histórico de tempo (apenas 4 anos). O álbum Celestial foi o terceiro e mais bem sucedido da banda alcançando o topo das maiores paradas de sucesso do planeta, o álbum foi tão bem sucedido no mundo que chegou a ser premiado na Indonésia (fato não esperado por parte da própria gravadora EMI Music). Após o lançamento do quarto álbum, em inglês, intitulado de Rebels o RBD passou a ganhar mais fama na Ásia e o seu maior hit em inglês até hoje se chama Tu Amor que foi tocado nas principais rádios do maior e mais diversificado continente do planeta, a Ásia. Meses depois a banda chegou a gravar o álbum Empezar Desde Cero que mostra o lado mais adulto dos 6 integrantes, os hits do álbum Inalcanzable, Empezar Desde Cero, Fui La Niña e Besame Sin Miedo; alcançaram no topo das paradas da Billboard assim como os outros álbuns anteriores, mas foi o álbum mais bem elogiado por parte da empresa. Depois de entrar na lista dos maiores embaixadores históricos revolucionários da América Latina, de ser a banda mais premiada do planeta, conseguir o maior sucesso latino na história da Ásia, chegar a ser comparados com as bandas The Rolling Stones e The Beatles, gravar DVDs para pulblico de um milhão de pessoas, ter a turnê mais lucrativa do mundo e álbum mais bem sucedido do planeta por mais de três vezes, ser o artista do continente que mais vendeu em menos tempo com 50 milhões de álbuns em apenas quatro anos, levar o nome os nomes Paz Amor Tolerância e União para todo planeta, salvar a vida de milhões de jovens com anorexia, quebrar récordes de grandes nomes da música como Madonna e The Rolling Stones; em 2009 o RBD decidiu dar o último adeus aos seus fãs gravando seu último álbum Para Olvidarte de Mí, com letras direcionadas totalmente para seus fãs, também realizaram sua ultima turnê intitulada de Tour Del Adiós ou Turnê do Adeus em português. Hoje em dia cada um deles vivem suas carreiras separados: Alfonso Herrera gravando filmes e ganhando prêmios cinematográficos, Anahí segue cantando agora em carreira solo e passa a ser considerada a "Princesa Do Pop Latino", Christopher Uckermann decidiu gravar seu primeiro álbum solo e gravar seriados como Kadabra, Maite Perroni decidiu voltar a carreira de atriz e hoje é considerada a rainha das telenovelas do continente, Christian Chávez ingressou na carreira de cantor e gravou o seu primeiro álbum solo muito bem produzido, Dulce Maria também decidiu continuar cantando e uma parte da ex-produção do RBD continou com ela sendo seus músicos. E assim termina o resumo do maior fenômeno que já existiu na América Latina, RBD.
Em 2006, Lily Allen, cantora e compositora britânica, antes considerada a "rainha do myspace", lança seu primeiro single de seu primeiro álbum de estúdio (Alright, Still), Smile, com uma musicalidade diferente, maior valorização ás formas vocais das canções e temáticas relacionadas á vida pessoal. Lily Allen inova com seu estilo alternativo e desencadeia uma febre "Indie" entre os jovens de todo o planeta, porém com a musicalidade e o reconhecimento do mundo pop. Seu primeiro álbum vende aproximadamente 3 milhões de cópias no mundo todo. Polêmica e sem papas na língua, Lily Allen lança ainda os singles (do mesmo álbum) Alfie e LDN, este último não muito bem sucedido nos EUA. Em 2008, Lily Allen divulga mais duas músicas em seu myspace, "I Could Say" e "I don't Know" (mais tardiamente tendo seu nome alterado para "The Fear"). Até que, em 2009, Lily Allen anuncia o lançamento de seu novo álbum, "It's Not Me, It's You"), lançando mais músicas de renome mundial, como a indicadíssima "The Fear", a polêmica "Fuck You", em que critica o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, George Bush, e "22", além de "It's not fair" e "Who'd have known" (sendo essa segunda uma cópia da música "Shine", do Take That. Lily Allen, começa, em 2009, sua turnê mundial de divulgação de seu segundo álbum, "It's not me, it's you" (este com valor estimado de vendas em 4 milhões de cópias). Em 2010, ganha seu primeiro prêmio "Brit Awards" (festival de premiação mais importante no mundo da música britânica) de "Melhor Artista Solo Feminina", além de ser indicada em mais duas categorias, como "Melhor Artista Internacional Feminina" e "Melhor Single Britânico" ("The Fear"). Atualmente há especulações de que a cantora pretende se aposentar, mas ela nega. Diz que precisa de um tempo fora da mídia e que não vai parar de fazer música, só está investindo em outros projetos.
Em 2006, projeta-se mundialmente a inglesa Amy Winehouse, trazendo uma batida calma e reciclada do jazz dos anos 60, ganhando fama pelos hits Rehab, You Know I'm No Good e Back to Black, além de sua personalidade forte e seus escândalos. Após dois anos de lançamento de seu segundo álbum de estúdio, ela ganha cinco grammys e depois de um longo período de tratamento em clínicas de reabilitação, volta a viver sem os excessos que estragaram parte de sua vida e promete um novo álbum para 2011. Apesar de ter apenas dois álbuns de estúdio lançados, Amy Winehouse tem uma vasta cleção de prêmios musicais e hits nas paradas. Com o hit Rehab; a cantora ganhou grande ascensão, sendo a canção autobiográficadora e narrando a luta dos executivos da gravadora Island para interná-la numa clínica de Reabilitação. O clipe de You Know I'm No Good traz um tipo de sensualidade diferente da abordada por loiras pop como Britney Spears, sendo este um dos maiores sucessos de sua carreira musical. Estima-se que Amy já tenha vendido 12 milhões de cópias de seu álbum Back to Black.
Em 2007 Kerli cantora estoniana lança seu primeiro extended play (EP) pela gravadora Stolen Transmission. Em 2008 ela lança seu álbum de estréia Love Is Dead com o single Walking on Air que também está presente em seu primeiro (EP) epônimo, o single foi escrito por Kerli e Lester Mendez, com produção do último, é uma autobiografia da artista. Em 2010 foi anunciado que ela contribuíra com duas faixas para a trilha sonora Almost Alice, inspirada no filme de Alice no País das Maravilhas: "Strange", uma parceria com o grupo alemão Tokio Hotel, e Tea Party. A última foi lançada como um single em 15 de junho de 2010 e teve um vídeo acompanhante. Ao lado de outros artistas, participou da regravação de "Nõiakaevu loits", canção do compositor clássico estoniano Urmas Sisask, para ajudar a fundação Tuhala Nõiakaevule Appi, que incentiva a preservação da popular Fonte da Bruxa Tuhala, já que foi planejada uma recontrução na região do Lago Ülemiste que comprometeria o ponto turístico. Também em 2010 a canção Army of Love foi lançada gratuitamente em dezembro de 2010 na página da cantora e como single através de distribuição para carregamento pago em 12 de abril de 2011. Ela atingiu o topo da tabela dos Estados Unidos Billboard Dance/Club Play Songs. Este single também estará no segundo álbum de estúdio da cantora. Em 2011, Kerli foi listada como uma das 100 Mulheres Estonianas Mais Influentes.
Jessica Simpson canta músicas mais românticas em um estilo Pop Contemporâneo, em 2008 faz músicas no segmento country e chama a atenção de fãs e grandes nomes no estilo como Willie Nelson e Dolly Parton. Mandy Moore investe na carreira de atriz. Entre 2002 e 2004 surgem novas estrelas como as rivais Hilary Duff e Lindsay Lohan, que passaram a dominar o pop moderno e foi as maiores revelações pop teen da década. Ambas com álbuns de sucesso, Metamorphosis, Hilary Duff, Most Wanted e Dignity de Hilary e Speak e A Little More Personal (Raw) de Lindsay. As duas garotas, são as maiores revelações teen da década. Também em 2002, junto com o fenômeno do programa de TV American Idol, surgiu à cantora Kelly Clarkson. Aos 22 anos ela conseguiu colocar a música A Moment Like This em primeiro lugar na Billboard, batendo o recorde de maior salto ao primeiro lugar (depois superado pela mesma cantora em 2009 com a música My Life Would Suck Without You). Porém seu maior êxito foi em 2005 com o lançamento do álbum Breakaway e da música Since U Been Gone, arriscando-se para o Pop Rock, conseguiu os maiores sucessos de sua carreira, superando a marca de 12 milhões de cópias vendidas mundialmente. Depois de se arriscar em um som mais pesado no My December, tendo problemas com a gravadora, voltou a ter destaque nos charts em 2009 com o álbum All I Ever Wanted. Mariah Carey,que estava sumida do cenário musical desde o fracasso de 2001, teve uma volta triunfal com o álbum The Emancipation Of Mimi, que emplacou o maior hit da década de 2000: We Belong Together ,que ficou durante 14 semanas em 1 na Billboard Hot 100 (a 2º música com mais tempo no topo, atrás de outra música dela, One Sweet Day, parceria com o grupo Boyz II Men). Além disso, venceu 2 Grammys Awards, sendo indicada em 10 categorias naquele ano. O triunfo foi tão grande que Mariah foi cotada para abrir a cerimônia, mas Madonna exigiu que fosse ela a responsável pela abertura do Grammy, mesmo sem ser indicada em nenhuma categoria. Mariah então não abriu a premiação, mas realizou a sua melhor performance ao vivo até hoje, cantando um Medley de We Belong Together e a música gospel Fly Like A Bird, sendo aplaudida de pé logo após a apresentação. Em 2008, lançou o álbum E=MC², e o primeiro single, Touch My Body, tornou-se o 18º hit número um da cantora, quebrando o recorde que pertencia a Elvis Presley. No ano seginte, lançou o CD Memoirs of An Imperfect Angel, que já vendeu mais de 300 mil cópias.
Justin Timberlake e Timbaland se juntam novamente e gravam "Carry Out". A música alcança a 9ª posição no top 10 na Billboard Americana.
Lady GaGa - Diva do Pop.
Em 2008 entra em cena Lady Gaga que para muitos criticos ela é considerada a nova sensação do pop, em agosto de 2010 Gaga já havia vendido mais de 20 milhões de álbuns e 51 mulhões de singles mundialmente. A sua segunda digressão The Monster Ball Tour foi eleita a quarta maior turnê de 2010 com 122 shows e 101 esgotados, com público total de 1,3 milhão. The Fame foi número um em vários países, como Reino Unido, Canadá, Áustria, Alemanha, Suíça e Irlanda. Nos Estados Unidos atingiu a segunda posição, como melhor, na tabela musical Billboard 200 e assumiu a liderança da Billboard Dance/Electronic Albums. Mundialmente, o disco vendeu mais de doze milhões de cópias. Os primeiros dois singles retirados de The Fame, Just Dance e Poker Face, foram ambos hits internacionais, com o primeiro a atingir o topo de seis países incluindo a Billboard Hot 100 nos Estados Unidos. "Poker Face" esteve na liderança de quase todas as potências da indústria musical, e tornou-se o seu segundo topo consecutivo na Hot 100. The Fame é considerado um dos álbuns mais influêntes e prestigiados da música pop. Pelo quarto trimestre do ano, lançou o extended play (EP) The Fame Monster, com o single número um global "Bad Romance". Mundialmete, The Fame Monster conseguiu vender 6 milhões de cópias sendo o álbum mais vendido de 2010. Também em 2010 a cantora atinge a marca de 1 bilhão de visualizações no You Tube, sendo a primeira pessoa a atingir esta marca. Para muitos críticos Lady Gaga é a revolução do pop, sendo a primeira grande artista da era dos downloads, com Bad Romance a mais baixada de todos os tempos. Em 2010 Lady Gaga anuncia seu novo álbum Born This Way, que tem como primeiro single "Born This Way", o single nos Estados Unidos tornou-se seu terceiro single no topo da Billboard Hot 100. Além disso, "Born This Way" é a canção 1000 a chegar ao topo da Hot 100 e a única no século XXI a estrear no número um, sendo a primeira música em mais de 13 anos a estrear no topo e permanecer nesta posição por mais de duas semanas, contando um total de seis semanas no topo da Hot 100. Na UK Singles Chart, ela estreou em número três. É o single mais rápido a ser vendido na história do iTunes, vendendo um milhão de cópias em cinco dias. Seu segundo single "Judas" foi lançado em 15 de Abril de 2011. Em 9 de Maio de 2011 foi lançado o terceiro single do álbum The Edge of Glory e em 16 de Maio de 2011 foi lançado o primeiro single promocional do álbum chamado Hair.

[editar] Anos 2010

Justin Bieber Dono da marca de 100 milhões de acessos no YouTube. Único artista a colocar 4 de suas musicas no Top 100 da Billboard. Apadrinhado por Usher. Assinou contrato com a Island Def Jam. Seu primeiro CD produzido por The Dream e Tricky. Vendeu 136.741 de cópias só na primeira semana nos USA. Um disco de platina pela primeira parte de My World. Tornou-se maior estréia em 2009. Primeiro lugar no Canadá. Melhor amigo de Taylor Swift e Selena Gomez. Participo de True Jackson, VP. Cobiçado pelos diretores de Hollywood, mas também pelos produtores de TV. Recebeu propostas da Disney e da Nicklodeon para gravar sereados. Um dos queridinhos de Demi Lovato. Dois videoclips. Musicas no iTunes. Ja saiu na revista Rolling Stone. Grande aposta para próximo artista da década.. tudo isso com apenas 16 anos de idade. sua principal influencia foi michael jackson o eterno e único rei do pop.Bieber conquista milhares de fãs e bate o recorde de visualizações de vídeos no youtube, com o video da musica Baby e alguns outros, realmente justin beber foi o artista sensação de 2010.
Lady Gaga em 2010 lança o EP The Fame Monster com os singles Bad Romance, Telephone, com participação de Beyoncé, Alejandro e Dance in the Dark todos alcançaram o Top 10 da Billboard Hot 100. Também em 2010 a cantora atinge a marca de 1 bilhão de visualizações no You Tube, sendo a primeira pessoa a atingir esta marca. Para muitos críticos Lady Gaga é a revolução do pop, sendo a primeira grande artista da era dos downloads, com Bad Romance a mais baixada de todos os tempos. Em 2010 Lady Gaga anuncia seu novo álbum Born This Way.
A cantora Christina Aguilera lançou seu 4º álbum de estúdio, Bionic, que foi bastante criticado por ser muito parecido com outras cantoras, assim como havia ocorrido em 1999 com comparações a Britney. Sem muito sucesso o álbum foi um dos piores do ano e seu primeiro single, Not Myself Tonight foi comparado à Bad Romance de Lady Gaga. Em 2010, se separou de seu marido Jordan Bratman, com quem esteve casada por cinco anos e com quem teve um filho. Em novembro, foi premiada com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, batendo o record de "Maior lotação de área de imprensa". Com o filme Burlesque, sua estréia nos cinemas, abocanhou 3 indicações ao Globo de Ouro, incluindo "Melhor Filme Comédia ou Musical" e "Melhor Canção Original", além de ter faturado mais de $70,244,697 milhões de dólares, cobrindo assim seu orçamento.
Em 2010, Britney Spears faz uma participação ao programa Glee, com episódio em sua homenagem foi suficiente para que ela conseguisse emplacar músicas antigas em posições na loja da Itunes, onde também ficou em primeiro lugar o cover de Toxic, seguidos por Stronger e Me Against The Music consecutivamente em quinto e sétimo. Em 11 de Janeiro de 2011, ela anuciar seu novo single de seu álbum inédito intitulado Femme Fatale, "Hold It Against Me", que estreou no topo da Billboard Hot 100, sendo 4° single a chegar ao topo da parada, sendo seu segundo single consecutivo a estrear nesta posição.
Nesse ano chega Kesha, com o seu estilo ousado, lança seu álbum de estréia Animal com os singles Tik Tok, Blah Blah Blah, Your Love Is My Drug e Take it Off, Tik Tok foi eleita a música do ano pela Bilboard. Em novembro de 2010, ela lança seu primeiro EP Cannibal, com o single We R Who We R, e mais tarde virá o seu single Blow que mais tarde será tocada em rádios.
Katy Perry lança três singles de Teenage Dream, "California Gurls", inspirado na música pop dos anos 90. A música, que homenageia a Califórnia, tem a participação de Snoop Dogg e atingiu a primeira posição na Billboard Hot 100 e Canadian Hot 100, "Teenage Dream" e Firework. Ascende musicalmente ´ Rihanna, além de ter a maior audiência do ano nos EUA com Rude Boy (154 milhões) segundo o Mediabase, consegue ser a artista com mais músicas número 1 no século XXI, na tabela musical Billboard Hot 100, com dez músicas no topo da chart: SOS (Rescue Me) (3 semanas), Umbrella com Jay-Z (7 semanas), Take A Bow (1 semana), Live Your Life com T.I. (7 semanas), Disturbia (2 semanas), Rude Boy (5 semanas), Love The Way You Lie com Eminem (7 semanas), What's My Name? (1 semana) e Only Girl (In the World) (1 semana),S&M (1 semana), sendo a única cantora da a ter 5 singles em primeiro lugar na década de 2010, e a cantora mais jovem a conseguir esse feito.
Kylie Minogue lança seu 11.º álbum "Aphrodite" obtendo 1º lugar nas paradas britanicas e um grande sucesso internacional.
Shakira retoma suas origens e lança um disco em espanhol intulado: "Sale el Sol", que mistura pop com ritmos latinos, o primeiro single é o merengue "Loca".
Pink lança um álbum de Greatest Hits, o Greatest Hits...So Far!!!, ja vendeu mais de 1 milhão de cópias no mundo todo, e trouxe grande sucessos como Raise Your Glass (seu 2° single solo a chegar ao topo da parada Billboard Hot 100) e F**ckin Perfect.
Madonna marcou presença em um ano que nao lançou nenhum álbum, produziu seu primeiro filme nomeado W.E. e teve um especial também no Glee sendo o episódio de maior audiência do programa o "The Power Of Madonna" (O poder de Madonna), lançou também uma rede de academias com objetivo de se expandir em todo mundo chamada "Hard Candy Fitness".
Além disso, algumas celebridades teen começam a cantar como Justin Bieber, Miley Cyrus, Selena Gomez, Victoria Justice, Miranda Cosgrove, Demi Lovato, Taylor Swift, Jonas Brothers, Jennette McCurdy e muitos outros. Muitos destacam por seu estilo e ritmo musical.

Samba


O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras.[1][2][3]
Dentre suas características originais, está uma forma onde a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano[4] e levado, na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro pelos negros que trazidos da África e se instalaram na então capital do Império. O samba de roda baiano, que em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco,[5][6] foi uma das bases para o samba carioca.
Apesar existir em várias partes do país - especialmente nos Estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e de São Paulo - sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, onde esse formato de samba nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Foi no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, que a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais tocados na cidade (como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente singular. Desta forma, ainda que existissem diversas formas regionais de samba em outros partes do país, samba carioca urbano saiu da categoria local para ser alçado à condição de símbolo da identidade nacional brasileira durante a década de 1930.[7][8][9]
Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado na Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional.[10]"Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe.
Os contornos modernos desse samba urbano carioca viriam somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos morros da cidadem como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos.[8] Não por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou "de raiz". A medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público de classe média também.
O samba moderno urbano surgido a partir do início do século XX tem ritmo basicamente 2/4 e andamento variado, com aproveitamento consciente das possibilidades dos estribilhos cantados ao som de palmas e ritmo batucado, e aos quais seriam acrescentados uma ou mais partes, ou estâncias, de versos declamatórios.[3] Tradicionalmente, esse samba é tocado por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão, como o pandeiro, o surdo e o tamborim. Por influência das orquestras norte-americanas em voga a partir da Segunda Guerra Mundial, e pelo impacto cultural da música dos EUA no pós-guerra, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarineta.
Com o passar dos anos, surgiram mais vertentes no seio desse samba "nacional" urbano carioca, que ganharam denominações próprias, como o samba de breque, o samba-canção, a bossa nova, o samba-rock, o pagode, entre outras.

Antecedentes

[editar] Origens do termo samba

O batuque praticado durante o Brasil do século XIX, em pintura de Johann Moritz Rugendas.
Existem várias versões acerca do nascimento do termo "samba". Uma delas afirma ser originário do termo "Zambra" ou "Zamba", oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da invasão dos mouros à Península Ibérica no século VIII.[11] Uma outra diz que é originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde "sam" significa "dar", e "ba" "receber" ou "coisa que cai". Ainda há uma versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que significa umbigada.
No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana - possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.
Um dos registros mais antigos da palavra samba apareceu na revista pernambucana O Carapuceiro, datada de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escrevia contra o que chamou de "samba d'almocreve" - ou seja, não se referindo ao futuro gênero musical, mas sim a um tipo de folguedo (dança dramática) popular de negros daquela época. De acordo com Hiram da Costa Araújo, ao longo dos séculos, as festas de danças dos negros escravos na Bahia eram chamadas de "samba".
Em meados do século XIX, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzidas pelos escravos africanos, sempre conduzida por diversos tipos de batuques, mas que assumiam características próprias em cada Estado brasileiro, não só pela diversidade das tribos de escravos, como pela peculiaridade de cada região em que foram assentados. Algumas destas danças populares conhecidas foram: bate-baú, samba-corrido, samba-de-roda, samba-de-chave e samba-de-barravento, na Bahia; coco, no Ceará; tambor-de-crioula (ou ponga), no Maranhão; trocada, coco-de-parelha, samba de coco e soco-travado, no Pernambuco; bambelô, no Rio Grande do Norte; partido-alto, miudinho, jongo e caxambu, no Rio de Janeiro; samba-lenço, samba-rural, tiririca, miudinho e jongo em São Paulo.[1]

[editar] Favela e Tias Baianas

A partir da segunda metade do século XIX, a medida que as populações negra e mestiça na cidade do Rio de Janeiro - oriundos de várias partes do Brasil, principalmente da Bahia, bem como de ex-soldados da Guerra de Canudos do final daquele século - cresciam, estes povoavam as imediações do Morro da Conceição, Pedra do Sal, Praça Mauá, Praça Onze, Cidade Nova, Saúde e Zona Portuária. Estes povoamentos formariam comunidades pobres que estas próprias populações denominaram de favela (posteriormente, o termo se tornaria sinônimo de construções irregulares das classes menos favorecidas).
Estas comunidades seriam cenário de uma parte significativa da cultura negra brasileira, especialmente com relação ao candomblé e ao samba amaxixado daquela época. Dentre os primeiros destaques, estavam o músico e dançarino Hilário Jovino Ferreira - responsável pela fundação de vários blocos de afoxé e ranchos carnavalescos - e das "Tias Baianas" - termo como ficaram conhecidas muitas baianas descendentes de escravos no final do século XIX.
Dentre as principais "tias baianas", destacaram-se Tia Amélia (mãe de Donga), Tia Bebiana, Tia Mônica (mãe de Pendengo e Carmem Xibuca), Tia Prisciliana (mãe de João da Baiana), Tia Rosa Olé, Tia Sadata, Tia Veridiana (mãe de Chico da Baiana). Talvez a mais conhecida delas tenha sido Hilária Batista de Almeida - a Tia Ciata (Aciata ou ainda Asseata).[1]
Assim, o samba propriamente como gênero musical nasceria no início do século XX nas casas destas "tias baianas", como um estilo descendente do lundu, das festas dos terreiros entre umbigadas (semba) e pernadas de capoeira, marcado no pandeiro, prato-e-faca e na palma da mão.[2]
Existem algumas controvérsias sobre o termo samba-raiado, uma das primeiras designações para o samba. Sabe-se que o samba-raiado é marcado pelo som e sotaque sertanejos/rural baiano trazidos pelas tias baianas ao Rio de Janeiro. Segundo João da Baiana, o samba raiado era o mesmo que chula raiada ou samba de partido-alto. Já para o sambista Caninha, este foi o primeiro nome teria ouvido em casa de tia Dadá. Na mesma época, surgiram o samba-corrido — que possuía uma harmonia mais trabalhada, mas ainda com o sotaque rural baiano – e o samba-chulado, mais rimado e com melodia que caracterizariam o samba urbano carioca.

[editar] Cenas baiana e paulista

O samba urbano carioca se firmaria no século XX como o "samba brasileiro" por excelência. No entanto, antes desse tipo de samba se consolidar como o "samba nacional" em todo o Brasil, havia formas tradicionais de sambas na Bahia e em São Paulo.[3]

[editar] Samba baiano antigo

O samba baiano rural adquiriu denominações suplementares, conforme as variações coreográficas - por exemplo, o "samba-de-chave", em que o dançarino solista fingia procurar no meio da roda uma chave, e quando a encontrava, era substituído.[3] A estrutura poética do samba baiano obedecia à forma verso-e-refrão - composto de um único verso, solista, a que se segue outro, repetido pelo coro de dançarinos de roda como estribilho. Não havendo refrão, o samba é denominado samba-corrido, variante pouco comum. Os cantos tirados por uma cantador, que é um dos instrumentistas ou o dançarino solista.[3]
Outra peculiaridade do samba baiano era a forma de concurso que a danças às vezes apresenta, que era uma disputa entre os participantes para ver quem melhor executava seus detalhes solistas. Afora a umbigada, comum a todo o samba, o da Bahia apresentava três passos fundamentais: corta-a-joca, separa-o-visgo e apanha-o-bago. Há também outro elemento coreográfico, dançado pelas mulheres: o miudinho (este também aparecia em São Paulo, como dança de solistas en centro de roda.).[3]
Os instrumentos do samba baiano eram o pandeiro, o violão, o chocalho e, às vezes, as castanholas e os berimbaus.[3]

[editar] Samba paulista antigo

Em São Paulo, o samba passou do domínio negro para o caboclo. E, na zona rural, pode se apresentar sem a tradicional umbigada. Há também outras variantes coreográficas, podendo os dançarinos se dispor em fileiras opostas - homens de um lado, mulheres de outro. Os instrumentos do samba paulista eram as violas, os adufes e os pandeiros.[3]
Existem referências a este tipo de samba de fileiras em Goiás, com a diferença de que lá foi conservada a umbigada. É possível que a disposição primitiva de roda, em Goiás, tenha sido alterada por influência da quadrilha ou do cateretê. De acordo com o historiador Luís da Câmara Cascudo, é possível observar a influência da cidade no samba pelo fato de ele ser também dançado por par enlaçado.[3]

[editar] Modernização e urbanização do samba carioca

[editar] Primeira geração: Donga, Sinhô e cia

Avó do compositor Bucy Moreira, Tia Ciata foi uma das responsáveis pela sedimentação do samba carioca. Segundo o folclore de época, para que um samba alcançasse sucesso, ele teria que passar pela casa de Tia Ciata e ser aprovado nas rodas de samba das festas, que chegavam a durar dias. Muitas composições foram criadas e cantadas em improvisos, caso do samba "Pelo telefone" (de Donga e Mauro de Almeida), samba para o qual também havia outras tantas versões, mas que entraria para a história da música brasileira como o primeiro a ser gravado, em 1917.[1]
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Primeira Linha
Composição de Heitor dos Prazeres. Gravação de 1930 por Benedito Lacerda e grupo Gente do Morro.

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Embora outras gravações tenham sido registradas como samba antes de "Pelo Telefone", foi esta composição assinada pela dupla Donga/Mauro de Almeida que é considerada como marco fundador do gênero. Ainda assim, a canção tem autoria discutida e sua proximidade com o maxixe fez com que fosse designada por fim como samba-maxixe. Esta vertente era influenciada pela dança maxixe e tocada basicamente ao piano - diferentemente do samba carioca tocado nos morros - e teve como expoente o compositor Sinhô, auto-intitulado "o rei do samba", que com outros pioneiros como Heitor dos Prazeres e Caninha, estabeleceria os primeiros fundamentos do gênero musical.[2]
Dentro do processo de modernização do samba urbano carioca, surgia também o futuramente conhecido Samba de partido-alto. Com suas origens nas umbigadas africanas e é a forma de samba que mais se aproxima da origem do batuque angolano, do Congo e regiões próximas.[12] O partido-alto costuma ser dividido em duas partes: o refrão e os versos. A primeira parte é o núcleo do qual correm soltos os versos improvisados. Esta cantoria é a arte de criar versos, em geral de improviso e constituído de peças da tradição oral, e cantá-los sobre uma linha melódica preexistente ou também improvisada, praticada, em diversas modalidades.[13] Por ter uma essência baseada na improvisação, o samba de partido-alto passaria a ser muito cantado principalmente nos chamados "pagodes", habituais reuniões festivas, regadas a música, comida e bebida, e mais adiante nos terreiros das futuras escolas de samba cariocas.[12][13]

[editar] Segunda Geração: Turma do Estácio e sambistas do morro

Ver artigos principais: Turma do Estácio.
Morro da Mangueira: reduto de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho.
Durante as primeiras décadas do século XX, a especulação imobiliária se espalhava pela cidade do Rio de Janeiro. Com isso, formaram-se diversos morros e favelas no cenário urbano carioca. O samba carioca que havia nascido no centro da cidade galgaria as as encostas dos morros e se alastraria pelos subúrbios da cidade. Estes locais seriam o celeiro de novos talentos musicais e da consolidação moderna do samba urbano carioca surgido com as "tias baianas".[14] Foram inovações tão importantes que perduram até os dias atuais dentro do samba carioca urbano, mais tarde alçado à condição de "nacional".[15][8]
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Na Pavuna
Gravação de 1929 por Almirante (samba composto por Homero Dornelas). Sucesso no carnaval de 1930.

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Agora é Cinza
Gravação de 1933 por Mario Reis (samba composto por Bide e Marçal). Samba campeão do carnval de 34.

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O grande propulsor de mudanças dentro do samba urbano carioca foi o bairro de Estácio de Sá. O Estácio de Sá era um bairro popular e com grande contingente de pretos e mulatos. Segundo o historiador José Ramos Tinhorão, era reduto de malandros - considerados pelas classes altas - "perigosos".[16] Foi nesse bairro que se gestaria o novo e definitivo samba urbano carioca, com a chamada "Turma do Estácio", onde surgiria a Deixa Falar, a primeira escola de samba brasileira.[17] Inicialmente um rancho carnavalesco, posteriormente um bloco carnavalesco e por fim, uma escola de Samba, a Deixa Falar teria sido a primeiro a desfilar no carnaval carioca ao som de uma orquestra de percussões formada por surdos, tamborins e cuícas, aos quais se juntavam pandeiros e chocalhos. Formada por alguns compositores do bairro do Estácio, entre os quais Alcebíades Barcellos (o Bide), Armando Marçal, Ismael Silva, Nilton Bastos e mais os malandros-sambistas Baiaco, Brancura, Mano Edgar, Mano Rubem, a "Turma do Estácio" marcaria a história do samba brasileiro por injetar ao gênero uma cadência mais picotada, que teve endosso de filhos da classe média, como o ex-estudante de direito Ary Barroso e o ex-estudante de medicina Noel Rosa. Este conjunto instrumental foi chamado de "bateria" e prestava-se ao acompanhamento de um tipo de samba que já era bem diferente dos de Donga, Sinhô e Pixinguinha, ou seja, um samba que adquiria uma característica de música mais "marchada" e que fosse devidamente ritmado de forma que pudesse ser acompanhado no desfile de carnaval. Assim, essa aceleração rítmica distanciava-se, sem deixar de ser batucado, do andamento amaxixado de figuras proeminentes da "primeira geração" do samba urbano carioca, que não se conformavam com o estilo que ganhava mais e mais adeptos. Para essa primeira geração, as modificações da Turma do Estácio eram uma deturpação ao samba.[8] Outra mudança estrutural decorrente do samba da Turma do Estácio foi a valorização das segundas partes da letra e música das composições. Em lugar de usar a típica improvisão das rodas de samba de partido-alto, houve a a consolidação de seqüências preestabelecidas, que teriam um tema (por exemplo: o cotidiano carioca, o amor) e a possibilidade de se encaixar tudo dentro dos padrões de gravações fonográficas da época, de 78 rpm (algo em torno de três minutos).[8]
As inovações rítmicas dos sambistas da Estácio de Sá foram assimiladas por blocos carnavalescos em Osvaldo Cruz e também alcançaram os morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos, já que suas rodas de samba eram freqüentadas por compositores dos morros cariocas, como Cartola e Gradim (da Mangueira), Canuto (do Salgueiro), Ernani Silva, o Sete (do subúrbio de Ramos), e posteriormente outros futuros bambas como Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça e Geraldo Pereira, Paulo da Portela, Alcides Malandro Histórico, Manacé, Chico Santana, Molequinho, Aniceto do Império Serrano. Acompanhados por um pandeiro, um tamborim, uma cuíca e um surdo, estes compositores terminariam por influenciar e lapidar as características essenciais desse novo samba carioca urbano.[3] Esse samba feito à moda do Estácio de Sá e dos sambistas dos morros cariocas firmaria-se como o samba carioca "por excelência", e com o passar do tempo, "de raiz", "autêntico".[18]

[editar] Difusão e "nacionalização" do samba carioca

Entre o final da década de 1920 e meados da década de 1940, o samba urbano carioca deixaria de ser considerado expressão local (como são tidos sambas em outras partes do país). Graças ao Estado, alcançaria status de símbolo "nacional".[15][8][9] Esse samba oriundo de uma região do Rio de Janeiro espalhava-se por outras áreas da cidade, não apenas com os sambas de carnaval, mas também com novas formas dentro do estilo moderno carioca, como o samba-canção e o samba-exaltação. Difundidos pelas ondas do rádio,[19] estes estilos cariocas seriam conhecidos em outras partes do Brasil, que, com a influência do governo federal brasileiro (mais propriamente partir dos projetos político-ideológicos do Estado Novo de Getúlio Vargas), elevaria o samba local da cidade do Rio de Janeiro à condição de samba "nacional" - muito embora existam outras formas e práticas do samba no país.[15][8][19] A aproximação do Estado brasileiro com a música popular deu-se também pela oficialização, em 1935, do desfile de carnaval pela Prefeitura do então Distrito Federal.
No período de consolidação do samba carioca como "samba nacional", surgiram uma nova safra de interprétes, que obtiveram grande sucesso radiofônico, como Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva, Silvio Caldas, Carmen Miranda, Aracy de Almeida, Dalva de Oliveira, entre outros, e despontaram muitos compositores oriundos da classe média, como Noel Rosa, Ary Barroso, Lamartine Babo, Braguinha (conhecido também como João de Barro) e Ataulfo Alves. E mais tarde, Assis Valente, de Ataulfo Alves, de Custódio Mesquita, de Dorival Caymmi, de Herivelto Martins, de Pedro Caetano, de Synval Silva, que conduziram esse samba para caminhos ao gosto da indústria musical.[2]

[editar] Novos formatos dentro do samba carioca

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Conversa de botequim
Composto por Noel Rosa e Vadico. Gravação de 1935 por Noel Rosa.

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Um dos carros-chefes das programações das emissoras de rádios na década de 1930 eram as composições de samba-canção, lançado inicialmente em 1928 com a gravação "Ai, Ioiô" (de Henrique Vogeler), na voz de Aracy Cortes. Também conhecido como samba de meio do ano, o samba-canção se firmou na década seguinte. Era uma forma mais lenta e cadenciada do samba e tinha como ênfase musical uma melodia geralmente de fácil aceitação. Esta vertente foi influenciado mais tarde por ritmos estrangeiros, primeiramente pelo fox e, na década de 1940, pelo bolero de enredos sentimentais. Se o samba carioca moderno dos sambistas da Estácio e dos morros tratava de temas diversos como malandragem, mulheres comportadas, favelas, o samba-canção destacava os sofrimentos amorosos. Além de "Ai, Ioiô", alguns outros clássicos do samba-canção foram "Risque", "No Rancho Fundo", "Copacabana" e "Ninguém Me Ama". Com o passar dos anos, outros artistas ganharam notoriedade no estilo, como Antônio Maria, Custódio Mesquita, Dolores Duran, Fernando Lobo, Henrique Vogeler, Ismael Neto, Lupicínio Rodrigues e Batatinha. O samba-canção seria ainda uma das principais fontes de inspiração da bossa nova] no final da década de 1950.
Outra variante que surgia na década de 1930 era o samba-choro, que como aponta o nome, misturava o fraseado instrumental do choro (com flauta) ao batuque do samba. Entre as primeiras composições no estilo, figuram "Amor em excesso" (de Gadé e Valfrido Silva, em 1932) e "Amor de parceria" (de Noel Rosa, em 1935). Ainda naquele período, Heitor dos Prazeres lançou o samba "Eu choro" e o termo "breque" (do inglês break), então popularizado com referência ao freio instantâneo dos novos automóveis. Era o surgimento do samba-de-breque, variante do samba-choro caracterizada por um ritmo acentuadamente sincopado com paradas bruscas, os chamados breques, durante a música para que o cantor fizesse uma intervenção - geralmente frases apenas faladas, diálogos ou comentários bem humorados do cantor, que confere graça e malandragem na narrativa. Luís Barbosa foi o primeiro a trabalhar este tipo de samba, que conheceu em Moreira da Silva o seu expoente máximo. Outro destaque desta vertente foi Germano Mathias.

[editar] Escolas de samba e oficialização do desfile de Carnaval

Depois da fundação da Deixa Falar, o fenômeno das escolas de samba tomou conta do cenário carioca. Juntamente com as escolas de samba que galgaram estágios de aceitação, admiração e paternalização através dos anos, o samba-enredo se tornou um dos símbolos nacionais. Inicialmente, o samba-enredo não tinha enredo, mas isso mudou quando o Estado - notadamente durante o Estado Novo de Getúlio Vargas - assumiu a organização dos desfiles e obrigou o sambas-enredo a ser sobre a história oficial do Brasil.[20] A letra do samba-enredo conta uma história que servirá de enredo para o desenvolvimento da apresentação da escola de samba. Em geral, a música é cantada por um homem, acompanhado sempre por um cavaquinho e pela bateria da escola de samba, produzindo uma textura sonora complexa e densa, conhecida como batucada.
Durante a década de 1930, era costume em um desfile de escola de samba que, na primeira parte, esta apresentasse um samba qualquer e, na segunda parte, os melhores versadores improvisassem, geralmente com sambas saídos do terreiros das escolas (atuais quadras). Estes últimos ficaram conhecidos como sambas-de-terreiro. Iniciadas nos moldes dos ranchos carnavalescos, as escolas de samba – inicialmente com Mangueira, Portela, Império Serrano, Salgueiro e, nas décadas seguintes, com Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente – cresceriam ao logo das décadas seguintes até dominarem o Carnaval carioca, transformando-o em um grande negócio com forte impacto no movimento turístico.

[editar] A influência do Estado na promoção do samba carioca

Ver artigos principais: Samba-exaltação.
Carmen Miranda no filme The Gang's All Here. Cantora luso-brasileira ajudou a divulgar o samba em nível internacional.
O presidente Getúlio Vargas deu grande suporte a popularização e consolidação do samba carioca urbano, em detrimento a outras variedades de samba cultivadas em outras regiões do país (assim como de outros gêneros musicais bastante populares regionalmente, como emboladas, cocos, a música caipira paulista). Principalmente durante o Estado Novo, o governo brasileiro patrocinava apresentações públicas de intérpretes populares desse samba em eventos badalados - como o "Dia da Música Popular" e a "Noite da Música Popular". Símbolo da elite carioca, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro passou a receber artistas renomados do samba. Em uma ação para promover o estilo como produto genuinamente "nacional", as transmissões radiofônicas oficiais incumbiam-se de levar o samba carioca urbano ao exterior. Houve até programas irradiados para a Alemanha nazista diretamente do terreiro da escola de samba Mangueira. Muitos cantores também integravam comitivas presidenciais em viagem ao estrangeiro.[8]
Villa-Lobos foi um dos intelectuais renomados que reconheceram o valor do samba.
Além de ganhar status de "música nacional" durante a Era Getúlio Vargas, o samba (carioca urbano) passou a ter também reconhecimento dentro de setores da elite cultural nacional. Entre eles, o maestro Heitor Villa-Lobos, que ajudou a organizar uma gravação com o maestro erudito norte-americano Leopold Stokowski no návio Uruguai, em 1940, do qual participaram Cartola, Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Zé da Zilda.[21] Cassinos e o cinema foram outros instrumentos que ajudaram a consolidar a posição do samba (carioca urbano) como símbolo musical nacional - a cantora luso-brasileira Carmen Miranda, bastante popular à época, conseguiu projetar esse samba internacionalmente a partir de filmes.
A ideologia do Estado Novo de Getúlio Vargas ajudou a retirar a imagem de marginalidade samba carioca, outrora negativamente associada "como antro de malandros e desordeiros", [22] O Departamento de Imprensa e Propaganda procurava coagir compositores a abandonarem a temática da malandragem nos seus sambas, através de políticas de aliciamento ou na base da censura. É do final dos anos trinta do século XX que surgiria um estilo de samba de "caráter legalista", conhecido mais tarde como samba-exaltação (ou também "samba da legalidade").[2] O samba-exaltação caracterizava-se por composições em exaltação ao trabalho (como na notória letra de "O Bonde São Januário", parceria de Ataulfo Alves) com o "malandro consagrado" Wilson Batista, sucesso do carnaval de 1941) ou ao país (como "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, gravada por Francisco Alves em 1939, e que se transformou no primeiro sucesso musical brasileiro no exterior). Apesar da atuação do Estado na cooptação de sambistas, havia compositores que tentavam driblar o poder censório ditatorial, com letras carregadas de sutilezas e ironias (como em "Recenseamento", de Assis Valente, que embora pareça reproduzir o discurso de exaltação ao "Brasil grande e trabalhador", desmonta os argumentos oficiais).[8]

[editar] Influências externas no samba urbano

A partir da década de 1940 e ao longo da década de 1950, o samba recebeu novas influências de ritmos latinos e norte-americanos. As concentrações urbanas provocaram o aparecimento das primeiras danceterias populares, as chamadas gafieiras, palco para estilos novos que surgiriam dentro do seio do samba, como são os casos dos sincopados samba-choro e samba de gafieira. O samba-de-gafieira foi um sub-gênero surgido sob influência de ritmos latinos e norte-americanos - geralmente instrumentais e tocados por orquestras norte-americanas (adequada para danças praticadas em salões públicos, gafieiras e cabarés) - que chegavam ao Brasil em meados da década de 1940 e ao longo da década de 1950. Nesta década surgiu também a sambalada - uma espécie de samba-canção com letras românticas e ritmo lento como as baladas lançadas no mercado brasileiro.
No final da década de 1950, nasceria o principal a Bossa Nova. Nascida na zona sul do Rio de Janeiro e fortemente influenciado pelo jazz, a Bossa Nova marcaria a história do samba e da música popular brasileira com uma acentuação rítmica original - que dividia o fraseado do samba e agregava influências do impressionismo erudito e do jazz - e um estilo diferente de cantar, intimista e suave.[23] Após precursores como Johnny Alf, João Donato e músicos como Luís Bonfá e Garoto, este sub-gênero foi inaugurado por João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e teria uma geração de discípulos-seguidores como Carlos Lyra, Roberto Menescal, Durval Ferreira e grupos como Tamba Trio, Bossa 3, Zimbo Trio e Os Cariocas.
Também no final da década de 1950, surgiria o sambalanço, uma ramificação popular da bossa nova (que era mais apreciada pela classe média). Também misturava o samba com ritmos norte-americanos como o jazz. O sambalanço foi muito tocado em bailes suburbanos das décadas de 1960, 1970 e 1980. Este estilo projetou artistas como Bebeto, Bedeu, Copa 7, Djalma Ferreira, Os Devaneios, Dhema, Ed Lincoln e Seu Conjunto, Elza Soares, Grupo Joni Mazza, Luis Antonio, Luís Bandeira, Luiz Wagner, Miltinho, entre outros.

[editar] Reaproximação com o morro

Nelson Sargento em show no Sesc Esquina, Curitiba, em 2007. Artista integrou o conjunto A Voz do Morro.
Com a bossa nova, o samba se afastou ainda mais de suas raízes populares. A influência do jazz aprofundou-se e foram incorporadas técnicas musicais eruditas. A partir de um festival no Carnegie Hall de Nova York, em 1962, a Bossa nova alcançou sucesso mundial. Mas ao longo das décadas de sessenta e setenta, muitos artistas que surgiam - como Chico Buarque de Holanda, Billy Blanco, Martinho da Vila e Paulinho da Viola defenderam o retorno do samba a sua batida tradicional, com a reaparição de veteranos como Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Kéti.
No início da década de 1960 foi criado o "Movimento de Revitalização do Samba de Raiz", promovido pelo Centro Popular de Cultura, em parceria com a União Nacional dos Estudantes. Foi o tempo do aparecimento do bar Zicartola, dos espetáculos de samba no Teatro de Arena e no Teatro Santa Rosa e de musicais como "Rosa de Ouro". Produzido por Hermínio Bello de Carvalho, o "Rosa de Ouro" revelou Araci Cortes e Clementina de Jesus.
Dentro da bossa nova surgiram dissidências. Uma delas gerou os Afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Além disso, parte do movimento se aproximou de sambistas tradicionais, especialmente de Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Kéti e, mais adiante, Candeia, Monarco, Monsueto e Paulinho da Viola.[1] A exemplo do sambista Paulo da Portela, que intermediou as relações do morro com a cidade quando o samba era perseguido, Paulinho da Viola - também da Portela - seria uma espécie de embaixador do gênero tradicional diante de um público mais vanguardista, entre os quais os tropicalistas. Também do interior da bossa nova apareceria Jorge Ben para dar sua contribuição autoral mesclada com o rhythm and blues norte-americano, que mais adiante suscitaria o aparecimento de um subgênero apelidado suíngue (ou samba-rock).[2]
Durante os anos sessenta, apareceram grupos formados por sambistas com experiências anteriores no universo do samba e músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Entre eles, estavam Os Cinco Crioulos (composto por Anescarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho e Paulinho da Viola, substituído mais tarde por Mauro Duarte), A Voz do Morro (composto por Anescarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Nelson Sargento, Oscar Bigode, Paulinho da Viola, Zé Cruz e Zé Kéti), Mensageiros do Samba (Candeia e Picolino da Portela), Os Cinco Só (Jair do Cavaquinho, Velha, Wilson Moreira, Zito e Zuzuca do Salgueiro).
Fora da cena principal dos chamados festivais de Música Popular Brasileira, o samba encontraria na Bienal do Samba, no final dos anos sessenta, o espaço destinado a grandes nomes do gênero e seguidores. Ainda naquele final de década, aparecia o chamado "samba-empolgação" dos blocos carnavalescos Bafo da Onça (Catumbi), Cacique de Ramos (Olaria) e Boêmios de Irajá (Irajá).[1]
Ainda na década de 1960, surgiu o samba-funk. O samba-funk surgiu no final da década de 1960 com o pianista Dom Salvador e o seu Grupo Abolição, que mesclavam o samba com o funk norte-americano recém-chegado em terras brasileiras. Com a ída definitiva de Don Salvador para os Estados Unidos, o grupo encerrou as atividades, mas no começo da década de 1970 alguns ex-integrantes como Luiz Carlos Batera, José Carlos Barroso e Oberdan Magalhães se juntaram a Cristóvão Bastos, Jamil Joanes, Cláudio Stevenson e Lúcio da Silva para formar a Banda Black Rio. O novo grupo aprofundou o trabalho de Don Salvador na mistura do compasso binário do samba brasileiro com o quaternário do funk americano, calcado na dinâmica de execução, conduzida pela bateria e baixo. Mesmo após o fim da Banda Black Rio, em 1980, DJs britânicos passaram a divulgar o trabalho do grupo e o ritmo fora redescoberto em toda a Europa, principalmente na Inglaterra e Alemanha.[1]

[editar] Massificação do samba urbano

Ver artigos principais: Partido-Alto, Samba-jóia, Pagode (música).
Martinho da Vila, um dos artistas que popularizaram o estilo partido-alto.
No começo da década de 1970, novamente o samba viveria um período de revalorização, que projetaria cantoras como Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes - ambas com grandes vendagens de discos -,[24] além do cantor Roberto Ribeiro e dos compositores João Nogueira, Nei Lopes e Wilson Moreira. O samba passou a ser novamente muito executado nas rádios, com grande destaque para sua vertente partido-alto e com o domínio das paradas de sucesso por artistas como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho.
Na virada da década de 1960 para a década de 1970, o jovem Martinho da Vila daria uma nova face aos tradicionais sambas-enredo consagrados por autores como Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola, compactando-os e ampliando sua potencialidade no mercado musical. Além disso, Martinho popularizaria o estilo do samba-de-partido-alto (com canções como "Casa de Bamba" e "Pequeno Burguês"), lançadas no seu primeiro álbum em 1969.
Embora o termo tenha surgido no início do século XX nas rodas na casa da Tia Ciata - inicialmente para designar música instrumental -, o termo partido alto passou a ser utilizado para denominar um tipo de samba que é caracterizado por uma batida de pandeiro altamente percussiva, com uso da palma da mão no centro do instrumento para estalos. A harmonia do partido alto é sempre em tom maior, geralmente tocado por um conjunto de instrumentos de percussão (normalmente surdo, pandeiro e tamborim) e acompanhado por um cavaquinho e/ou por um violão. Mas este partido-alto assimilado pela indústria fonográfica era feito de solos escritos, e não mais improvisados e espontâneos, segundo os cânones tradicionais.[13]
Também naquela década, muitos críticos musicais cunharam em sentido pejorativo os termos samba-jóia ou sambão-jóia, para designar um tipo de samba supostamente de qualidade duvidosa ou cafona. Outros críticos perceberam no termo - e nos cantores e compositores a ele relacionado - uma certa importância para a MPB. Entre alguns nomes do samba-jóia, estavam Agepê (interprete de "Moro onde não mora ninguém"), Antonio Carlos e Jocafi (de "Você abusou"), Benito Di Paula (de "Retalhos de cetim" e às vezes também classificado como "sambolero com um toque latino", pois usava freqüentemente em suas apresentações piano, timba, chimbal),Pandeiro,Tumbadora,Baixo e Timbales Luiz Ayrão (de "Mulher à brasileira"), Jorginho do Império (de "Dinheiro vai, dinheiro vem"), Os Originais do Samba (de "Falador Passa Mal"), Tom e Dito (de "Tamanco malandrinho"). Beth Carvalho também emplacaria "Vou Festejar" e "Coisinha do Pai", dois sambas chamados "jóias logo aceitos por várias faixas sociais - principalmente pelas mais baixas -, mas considerados por alguns críticos como de "qualidade duvidosa".[24]
Outros críticos, no entanto, valorizavam o fato deste estilo de samba recolocá-lo nas principais emissoras de rádio e TV do país, além de serem responsáveis por vendas expressivas de discos do gênero naquela década.[1] Parte da crítica favorável via em "Tonga da Mironga do Kabuletê" (de Toquinho e Vinícius de Moraes) como exemplos de samba-jóia.
Ainda na década, se destacaria na cidade de São Paulo Geraldo Filme, um dos principais nomes do samba paulistano - ao lado de Germano Mathias, Osvaldinho da Cuíca, Tobias da Vai-Vai, Aldo Bueno e Adoniran Barbosa, este último já devidamente reconhecido nacionalmente antes de ser relembrado e regravado com mais frequência nos anos setenta. Sambista da Barra Funda, um reduto do samba paulistano, Firme era também freqüentador das rodas de "Tiririca", no Largo da Banana, e montou os espetáculos "Balbina de Yansã" e "Pagodeiros da Paulicéia", em parceria com Plínio Marcos.
Em Salvador, compositores como Riachão, Panela, Batatinha, Garrafão e Goiabinha, foram seguidos por Tião Motorista, Chocolate, Nélson Balalô, J. Luna, Edil Pacheco, Ederaldo Gentil, Walmir Lima, Roque Ferreira, Walter Queiroz, Paulinho Boca de Cantor e Nelson Rufino, que mantiveram a tradição dos sambas-de-roda e samba-coco.
E ao final da década, João Bosco em dupla com o poeta Aldir Blanc - dois discípulos dos estilos de violão tocados por Baden Powell, Dorival Caymmi e Gilberto Gil - também ajudariam a renovar o samba tradicional (inclusive o de enredo) - algo que Aldir continuaria a fazer com novos parceiros como Guinga e Moacyr Luz na década de 1990.[1]
Zeca Pagodinho é um dos sambistas mais populares do Brasil.
Depois de um período de esquecimento onde as rádios eram dominadas pela Disco Music e pelo rock brasileiro, o samba consolidou sua posição no mercado fonográfico na década de 1980. Compositores urbanos da nova geração ousaram novas combinações, como o paulista Itamar Assumpção, que incorporou a batida do samba ao funk e ao reggae em seu trabalho de cunho experimental. Mas foi no início da década de 1980 que o samba reapareceu no cenário brasileiro com um novo movimento, chamado de pagode. Com características do choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, o pagode é basicamente dividido em duas tendências. A primeira delas é mais ligada ao partido-alto, também chamada de pagode de raiz, que conservava a linhagem sonora e fortemente influenciada por gerações passadas. A segunda tendência, considerada mais "popular", ficou conhecida como "pagode-romântico" e passou a ter grande apelo comercial na década de 1990 em diante.
Nascido no final da década anterior, por meio das rodas de samba que um grupo de cantores e compositores faziam embaixo da tamarineira da quadra do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, o pagode era um samba renovado, que utilizava novos instrumentos que davam uma sonoridade peculiar àquele grupo, como o banjo com braço de cavaquinho (criado por Almir Guineto) e o tantã (criado por Sereno), e uma linguagem mais popular.
Pontuado pelo banjo e pelo tantã, o pagode seria uma resposta ao ocaso do samba no início dos anos oitenta, que teria obrigado os seus seguidores a se reunirem em fundos de quintal para mostrar suas novas composições diante de uma platéia de vizinhos. Este ramal do samba, movido a partido-alto, revelaria inicialmente nomes como Almir Guineto, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra e Zeca Pagodinho (o único que se firmaria ao fim da onda inicial) - além do Grupo Fundo de Quintal, que revelaria ainda a dupla Arlindo Cruz e Sombrinha. Também partideiro, da década anterior, Bezerra da Silva emplacaria seus chamados "sambandidos", canções com enredos que documentavam a guerra civil da sociedade partida.[2]
Em meio da euforia consumista do Plano Cruzado, os pagodeiros se mostraram excelentes vendedores de discos - sempre mais de 100 mil cópias por lançamento - e conquistaram seu espaço na grande mídia, de onde não saíram mais do rádio e da TV. Esse pagode, cujo auge mercadológico verificou-se exatamente em 1986, teve como mola mestra estética a ampla exposição e revalorização do partido-alto, modalidade de samba, até então de pouquíssima visibilidade. Assim, as rodas de samba de "fundos de quintal" revelaram ou confirmaram o talento de muitos bons versadores, cultores da velha arte, como a dupla que reunia o conhecido Zeca Pagodinho e o desconhecido Deni de Lima, sobrinho de Osório Lima, legendário compositor do Império Serrano.[13]
De uma curtição exclusivamente suburbana, os pagodes (tanto a festa, com suas comidas e bebidas, quanto o novo estilo) se tornaram moda também nos bairros da zona sul do Rio e em diversos localidades do Brasil. O ímpeto aos poucos diminuiu, com a consequente queda de poder aquisitivo do seu maior público consumidor – as classes menos abastadas. Mas logo, uma nova modalidade desse subgênero, bem mais comercial e desvinculada das raízes, passaria a ser conhecida como pagode.[25]

[editar] Samba urbano no fim do século XX

Ver artigos principais: Samba-rap, Samba-reggae.
No final da década de 1980, o pagode enchia salões e, no início dos anos noventa. A indústria fonográfica, já amplamente orientada para a globalização pop, usurpou o termo pagode, batizando com ele uma forma diferente de fazer samba que guardava poucos elementos com o samba inovador da década anterior, massificando-o de forma enganosa. Essa diluição partia majoritariamente da cidade de São Paulo, o que engendrou o rótulo equivocado de "pagode paulista".[13] E seus principais arautos foram os músicos de um grupo que, inclusive, segundo as edições em partitura de seus primeiros lançamentos, pretendia estar fazendo o que se chamava de "samba-rock", mas na verdade eram mais uma variação mais pop do samba-rock.[25] Assim, as grandes gravadoras criaram um novo tipo de pagode, que muitos chamariam de "pagode-romântico", "pagode comercial", ou simplesmente tachado de "pagode".
Vertente mais distanciada do pagode "de raiz" do final dos anos setenta, esse pagode "romântico" se tornaria um fenômeno comercial, com o lançamento de dezenas de artistas e grupos paulistas, mineiro e carioca, entre os quais, Art Popular, Exaltasamba, Harmonia do Samba, Irradia Samba e Kaô do Samba, Só Pra Contrariar, Os Travessos, entre outros. Sua massificação nas emissoras de rádios e TVs ajudou a melhorar a arrecadação de direitos autorais e fez com que as músicas norte-americanas ficassem em segundo lugar em arrecadação durante aquela década, algo inédita no Brasil. Apesar disso, este tipo de pagode desagrada grande parte da crítica musical, que questiona especialmente a qualidade das músicas.[1] Ainda nos anos noventa, apareceram mais duas fusões de samba com outros gêneros musicais. O primeiro deles foi o samba-rap, criado nas favelas e presídios paulistanos e cariocas. O outro foi o samba-reggae, este surgido a partir de manifestação de grupos baianos, cariocas e paulistas em modificar o pagode tradicional e o transformar em um samba suingado.

[editar] Samba no século XXI

Marcelo D2 foi o pioneiro em misturar hip hop com samba.
A partir do ano 2000, surgiram alguns artistas que buscavam se reaproximar do samba mais vinculado à estilo consolidado nos morros cariocas, muitas vezes chamado "samba de raiz". Foram os casos de Marquinhos de Oswaldo Cruz, Teresa Cristina e Grupo Semente, entre outros, que contribuíram para a reabilitação da região da Lapa, no Rio de Janeiro. Outros nomes surgiram nesse tradicional reduto do samba, como o compositor Edu Krieger, que foi gravado por nomes como Roberta Sá e Maria Rita, a cantora Manu Santos, novata revelada no festival mais importante da Lapa nos dias atuais, a Mostra de Talentos do Carioca da Gema - que também trouxe nomes como Eliza Ador, Roberta Espinosa, Moyseis Marques entre vários outros. Em São Paulo, o grupo Quinteto em Branco e Preto desenvolve o evento (no bairro de Santo Amaro) "Samba da Vela" - no qual seus participantes só cantam sambas inéditos de compositores desconhecidos da indústria musical.[26][27] Isso tudo contribuiu para atrair vários artistas do Rio de Janeiro que, além de shows, fixaram residência em bairros da capital, como São Mateus.[1] Já grupos como o Funk Como Le Gusta e Clube do Balanço deram continuidade aos bailes inspirados na época do sambalanço e do samba-rock.
Em 2004, o então ministro da cultura Gilberto Gil apresentou à Unesco o pedido de tombamento do samba como Patrimônio Cultural da Humanidade, na categoria "Bem Imaterial", através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[28][29] A data foi criada por iniciativa de um vereador de Salvador, Luis Monteiro da Costa, em homenagem a Ary Barroso, que havia composto "Na Baixa do Sapateiro" embora sem ter conhecido a Bahia. Assim, 2 de dezembro marcou a primeira visita de Ary Barroso a Salvador. Inicialmente, o Dia do Samba era comemorado apenas em Salvador, mas acabou transformado em data nacional.[30][31]
No ano seguinte, o samba-de-roda do Recôncavo Baiano foi proclamado "Patrimônio da Humanidade" pela Unesco, na categoria de "Expressões orais e imateriais".[5][6] Em 2007, o IPHAN conferiu registro oficial, no Livro de Registro das Formas de Expressão, às matrizes do samba do Rio de Janeiro: samba de terreiro, partido-alto e samba-enredo.[28